A Real Companhia Velha acaba de lançar quatro vinhos brancos monocasta e um rosé, todos colheita 2016 e todos da sua Quinta de Cidrô, no concelho de S. João da Pesqueira, coração da região Douro Superior.
Na foto que abre a notícia estão não os cinco vinhos, mas sim oito, isto porque na apresentação, também se mostraram e provaram três tintos, os Touriga Nacional/Cabernet Sauvignon (colheita de 2008), o Pinot Noir (2014) e o Touriga Nacional (2015), estes dois últimos que só irão ser lançados no mercado dentro de sensivelmente um mês.
Os quatro monovarietais brancos – Alvarinho, Chardonnay, Gewürztraminer e Sauvignon Blanc –, e o rosé, um vinho de lote com Touriga Nacional e Touriga Franca, repetimos, são todos de 2016.
A Quinta de Cidrô é uma das cinco quintas que a Real Companhia Velha possui no Douro. Uma propriedade antiga, carregada de história e que desde 1996, tem sido pautada por uma viticultura moderna, traduzida na chamada “vinha ao alto” (por oposição à vinha tradicional do Douro em socalcos), e onde estão plantadas castas nacionais, mas também algumas internacionais. Uma realidade que tem contribuído para produção de novos estilos de vinhos e, deste modo, para um Douro moderno, com provas mais do que dadas. Na apresentação para lá de Jorge Moreira (director de Enologia da Real Companhia Velha) e de Rui Soares (responsável de Viticultura da Quinta de Cidrô) esteve também presente Pedro O. Silva Reis (Marketing Manager da Real Companhia Velha).
OS QUATRO BRANCOS DA COLHEITA DE 2016
O Quinta de Cidrô Alvarinho 2016 é uma aposta ganha pela RCV. É um Alvarinho do Douro de cor citrina levemente dourada, a denotar concentração. Com aromas finos e delicados, é intensa a presença de notas cítricas e flor de laranjeira, a contribuírem para a sua complexidade. Encorpado e fresco, a mostrar na boca os sabores que se adivinham no aroma. Um branco longo e distinto, salientado por uma boa acidez e alguma mineralidade. Na adega, a fermentação e o estágio, de 6 meses, ocorreu em cubas inox. À mesa, acompanha preferencialmente peixe e mariscos grelhados.
PVP 9€ • Foram feitas 13 800 garrafas • 13,5% de álcool • Acidez Total: 6,1g/l • pH: 3,14
O Quinta de Cidrô Chardonnay 2016 mostra boa concentração e intensidade, apesar do ano ter registado uma elevada amplitude em termos climáticos, com um Inverno quente e chuvoso, Primavera fria e muito chuvosa seguida de um Verão muito quente e seco. Nos aromas destaque para as notas de ananás, pêssego e pêra, tudo bem casado com ligeiras nuances de madeira e notas amanteigadas. Na boca apresenta boa frescura e equilíbrio. A maior parte do mosto (80%) fermentou em barricas de carvalho francês, onde permaneceu por mais oito meses em contacto com borras finas – método de bâtonnage -, enquanto 20% fermentaram em inox, para com o lote final se conseguir um melhor equilíbrio. Acompanha bem pratos de bacalhau, mariscos e saladas.
PVP 13,50€ • Foram feitas 53 000 garrafas • 14% de álcool • Acidez Total: 6,0g/l • pH: 3,31
O Quinta de Cidrô Gewürztraminer é uma aposta ganha. Este monovarietal feito de uma casta originária da região da Alsácia, em França, foi fermentada sob condições modernas de controlo de temperatura e de protecção contra a oxidação, a fim de se conseguirem as características desta casta. Um vinho bastante original, a mostrar o forte e vincado carácter do Douro, onde mesmo uma casta tão marcante como esta é transformada pelo terroir. Segundo Jorge Moreira a ideia foi fazer um vinho onde os aromas e sabores do Gewürztraminer fossem evidentes, aliados ao carácter dos vinhos brancos do Douro, com uma estrutura, mineralidade e acidez muito própria. O resultado é um branco com aromas de líchia e rosa (tão típicas desta variedade) muito evidentes, mas ao contrário do habitual, seco, austero e com uma boa acidez, a pedir sushi, pratos de caril e saladas.
PVP 13,50€ • Foram feitas 4200 garrafas • 13,5% de álcool • Acidez Total: 5,4g/l • pH: 3,36
O ‘Quinta de Cidrô Sauvignon Blanc’ é mais um reconhecido monocasta da Real Companhia Velha. As uvas que lhe dão origem são esmagadas em prensa pneumática, seguindo-se a fermentação em cubas de inox, onde o vinho estagia durante três meses antes de ser engarrafado. Um branco de aroma muito expressivo – com leves notas de espargos, pimenta verde e toranja – bem integrado por uma evidente impressão de mineralidade. Na prova mostra-se um vinho rico e intenso, mas que preserva um sentido de leveza e frescura. Deixa adivinhar um bom potencial de evolução em garrafa. Faz boa companhia a ostras, peixes grelhados e carpaccios.
PVP 12,50€ • Foram feitas 43 000 garrafas • 12% de álcool • Acidez Total: 6,2g/l • pH: 3,27
O Quinta de Cidrô Rosé 2016 é elaborado, como se de um branco se tratasse, a partir das castas autóctones Touriga Nacional e Touriga Franca. É um rosé com intensas notas florais, combinadas com frutos vermelhos. Refrescante e equilibrado por uma boa acidez, apresenta um final de boca aveludado e mineral. A fermentação e o estágio, de seis meses, é feito em cubas de inox com controlo de temperatura. Uma boa proposta para acompanhar pizzas, carpaccios e saladas, ou para beberricar a solo e não precisa de ser à beira da piscina!
PVP 8,50€ • Foram feitas 13 500 garrafas • 13,5% de álcool • Acidez Total: 4,96g/l • pH: 3,38
Nas fotos seguintes: Rui Soares (responsável de Viticultura da Quinta de Cidrô), Jorge Moreira (director de Enologia da Real Companhia Velha) e Pedro O. Silva Reis (Marketing Manager da Real Companhia Velha); na foto seguinte as vinhas da Quinta de Cidrô e a fechar uma vista do palácio da quinta.