Nos próximos dias 2 e 3 de Junho (amanhã e sábado), Murça vai ser a montra dos grandes vinhos brancos do Douro. A vila duriense acolhe a primeira festa-mostra Vinhos Brancos na Praça, que decorrerá ao ar livre, em pleno centro histórico e com uma ligação direta ao comércio local. Esta festa realiza-se em paralelo com a tradicional Feira Franca de Murça.
Serão dois dias de festa dos vinhos brancos e da gastronomia local e regional. Oportunidade de participar em provas, eventos culturais e animações vínicas, bem como comprar vinhos a preços de produtor.
Ponto-alto do evento é a realização, no dia 3, de duas provas, uma de Grandes Vinhos Brancos do Mundo, que inclui também vinhos brancos com origem em Murça, e outra de Grandes Vinhos Brancos do Douro, coordenada pelos conceituados críticos João Paulo Martins (Jornal Expresso, Revista Vinho Grandes Escolhas) e Pedro Garcias (Jornal Público).
A organização da Festa Vinhos Brancos na Praça é da Câmara Municipal de Murça, sendo este evento integrado na Cidade Europeia do Vinho – Douro 2023. A Greengrape é co-organizadora.
Renato Cunha, chefe e proprietário do restaurante Ferrugem, e a sua mulher, Anabela Rodrigues Cunha, arquiteta, regressam com um ciclo do já conhecido o cartaz #ircomsedeaopote para 2023.
O “Fogo no chão e potes no quintal” são experiências de cozinha no quintal da Casa Ana Monteiro, a cerca de 200 metros do conhecido restaurante.
O cartaz deste ano apresenta10 datas, sempre ao sábado, entre as 17 e as 22 horas, com início a 20 de Maio e término a 7 de Outubro.
Eleito “Experiência Turística de 2022”, nos Prémios de Inovação e Turismo do Minho, o #ircomsedeaopote conta com a participação de alguns chefes convidados e 10 produtores de vinhos, desafiados pelos anfitriões a apresentarem vinhos especiais, preferencialmente colheitas mais antigas e em garrafas de grandes formatos. Também já são conhecidos os produtores desta edição: Anselmo Mendes, Kompassus, Palato do Côa, PicoWines, Quinta da Lapa, Quinta das Bágeiras, Quinta de Cottas, Quinta do Crasto, Secret Spot Wines, Adega Casa da Torre e Soalheiro. Juntam-se ainda produtores das mais variadas áreas, com destaque para a “Infusões com História”, parceiro oficial, que irá preparar um blend especial com plantas
aromáticas, de edição única, para cada evento.
Cozinhando em potes de ferro fundido e ao ar livre, o chefe mostra a sua versatilidade gastronómica e a paixão pelas origens e promove a tertúlia à volta dos produtos e da técnica ancestral de cozinhar no fogo com potes de ferro fundido. São invocados pratos de conforto, do imaginário rural, e combinações improváveis, que resultam em iguarias de aspeto popular e sabor absolutamente sofisticado.
Há três anos que o casal aposta em experiências imersivas na ruralidade, juntando três espaços, cujas funções se complementam: o restaurante Ferrugem e duas unidades de AL – Casa de Maganhe e Casa Ana Monteiro. A afinidade de objetivos e a proximidade física destes lugares, estabeleceu, naturalmente, um cluster integrado, que visa a promoção e valorização cultural e gastronómica da comunidade e do território, baseado no produto local, na identidade, no conhecimento e na cultura.
A 200 metros do Ferrugem, a Casa Ana Monteiro é uma pequena quinta da família, com uma habitação de arquitetura popular, atualmente destinada à exploração turística. Com jardim, horta biológica e excelentes condições para a criação de animais de capoeira, é o palco perfeito para este conjunto de experiências, tanto pela beleza do espaço, como pela privacidade que a topografia do terreno lhe confere.
20 MAI | 3 JUN | 17 JUN | 1 JUL | 15 JUL | 29 JUL | 12 AGO | 9 SET | 23 SET | 7 OUT
Os ingressos de participação deverão ser adquiridos através do +351 932 012 974 ou por e-mail para restaurante@ferrugem.pt e têm o valor de 100 € por pessoa (IVA incluído à taxa legal em vigor). É gratuito
para crianças até aos 3 anos de idade e para crianças dos 4 aos 12 anos o valor é de 50%. Cada edição está limitada a 40 participantes. O ingresso é personalizado e enviado para a morada do cliente, num elegante
estojo com uma infusão Lote exclusivo #ircomsedeaopote2023, uma cortesia da “Infusões com História”.
O ingresso é intransmissível e a sua utilização está indexada à data escolhida pelo titular. Caso as previsões climatéricas obriguem ao adiamento ou cancelamento de alguma das edições, será proposto ao participante o reagendamento para outra data que esteja disponível. O valor do ingresso só é reembolsável, caso o adiamento ou cancelamento seja imputável aos organizadores.
Muito recentemente Pedro Silva Reis celebrou 40 anos de carreira no mundo dos vinhos e 20 como presidente da Real Companhia Velha, produtora de vinhos do Porto e do Douro e a mais antiga empresa de Portugal, com quase 266 anos de atividade ininterrupta. Foi fundada a 10 de setembro de 1756 por Alvará Régio de D. José I, Rei de Portugal, sob os auspícios do seu Primeiro-Ministro, Sebastião José de Carvalho e Mello, mais tarde Conde de Oeiras (1759) e posteriormente Marquês de Pombal (1769). Para comemoração dessa efeméride realizou-se um jantar na Quinta de Cidrô, umas das quintas da Companhia. É desse jantar e dos vinhos que foram provados algumas fotos que ilustram este artigo.
A família Silva Reis é acionista com o controlo da Real Companhia Velha, tendo a carreira de Pedro Silva Reis sido inteiramente dedicada ao negócio familiar. Completou o liceu em Portugal e frequentou um curso de Enologia na Universidade de Bordéus. Iniciou a sua atividade na empresa em 1982, tendo exercido funções de treino e aprendizagem nas várias áreas chave do negócio: na produção, onde se iniciou como provador de Vinho do Porto – função que mantém até aos dias de hoje; nas vendas, com foco no mercado nacional, mas também nas relações comerciais com a Inglaterra, Brasil e Alemanha; no marketing e nas finanças.
Em 1986 ficou responsável por uma nova Área de negócios, a importação de bebidas espirituosas e rapidamente tornou a empresa num dos líderes da distribuição de whisky escocês em Portugal e nunca mais parou usando a sua enoergia, inteligência e faro para o negócio.
Em 1996 iniciou uma escalada para o caminho de excelência que os vinhos da RCV haveriam de atingir pouco depois. Ficou famoso o Quinta de Cidrô Chardonnay 1997 (já com Jorge Moreira a trabalhar na empresa, como assistente do enólogo californiano Jerry Luper, o criador do vinho). Pouco depois, apoiado por uma jovem equipa de agrónomos – Rui Soares, Álvaro Martinho Lopes e Sérgio Soares –, liderada por Luís Carvalho (os três primeiros ainda se mantêm na empresa) é criado o primeiro vinho tinto de quinta, com origem na Quinta do Aciprestes.
Nos anos seguintes vai ganhando maiores responsabilidades dentro da empresa, nunca parando de inovar e em 2002, com 40 anos foi nomeado presidente da Real Companhia Velha, sucedendo a seu pai, Manuel da Silva Reis, que havia desempenhado o cargo com grande carisma e dedicação durante 40 anos.
A vontade de inovar não abrandou e desafiou a equipa técnica a estudar e a apostar na recuperação de castas autóctones em extinção. Entre as cerca de 30, destaque para Alvarelhão Branco, Alvaraça, Branco Gouvães (ou Touriga Branca), Esgana Cão, Donzelinho Branco, Moscatel Ottonel e Samarrinho, nas brancas, e Bastardo, Donzelinho Tinto, Malvasia Preta, Preto Martinho, Cornifesto, Rufete, Tinta da Barca e Tinta Francisca, nas tintas. Ainda nesse primeiro ano de presidência da RCV, retomou a produção do ‘Grandjó Late Harvest’, uma tradição iniciada em 1905 e interrompida nos anos 60.
Seguiu-se o lançamento de Vinhos do Porto raros, como em 2006 para a celebração dos 250 anos da Companhia e nos anos seguintes outros, como o Carvalhas Mémories Very Old Tawny e a Coleção de Very Very Old Tawny (1900, 1908 e 1927).
Jorge Moreira regressa à empresa por onde havia passado anos antes e desafia PSR a lançar uma colecção de vinhos topo de gama com a se signação de Quinta das Carvalhas, a mais emblemática propriedade da Companhia. Assim nasceu essa gama, lançada em 2012 e que conta actualmente com quatro referências: branco, Tinta Francisca, Touriga Nacional e o Vinhas Velhas tinto.
É também nesse ano que apostou na criação de uma linha experimental de vinhos chamada Séries que reflete o trabalho conjunto das equipas de viticultura e enologia na salvaguarda de castas antigas e na utilização de técnicas também já em desuso, salvando-se assim muito património quase perdido pela voragem da modernidade.. Iniciada com um Rufete, conta uma década depois com um histórico de 13 referências e mais de 30 vinhos: o espumante Chardonnay & Pinot Noir Bruto rosé; o Arinto, Branco Gouvães, Donzelinho Branco, Gouveio, Moscatel Ottonel e Samarrinho, nos brancos; e o Bastardo, Cornifesto, Malvasia Preta, Rufete, Tinta Amarela e Tinto Cão, nos tintos.
Nem só no vinho se centra o foco de PSR e em 2018 liderou a criação do centro de visitas 17.56 Museu & Enoteca da Real Companhia Velha. Instalado no Cais de Gaia, e que integra o Museu da 1.ª Demarcação e a Enoteca 17.56.
Os últimos anos cinco anos foram marcados por um projeto de reconversão de vinhas, num total de 138 hectares dispersos pelas cinco quintas da Real Companhia Velha (Aciprestes, Carvalhas, Cidrô, Granja e Síbio) e pela aquisição de várias parcelas de Vinhas Velhas, num total de 23,5 hectares. Isto a par da aposta em práticas de agricultura e negócio sustentáveis, a nível social, económico e ambiental.
PEDRO SILVA REIS ALÉM DA REAL COMPANHIA VELHA
Pedro Silva Reis é membro ativo do “associativismo” em Portugal. No início dos anos 80, com 24 anos, foi um dos fundadores da Associação Nacional dos Jovens Empresários (ANJE) e, em 1989, foi convidado pelo então presidente da Associação Industrial Portuense, Ludgero Marques, a integrar a Direcção daquela associação, tendo sido o mais jovem empresário a incorporar a direção desta associação nos seus 150 anos de existência. Em 1990 foi nomeado para a direção do CESAI, na época o maior instituto de formação informática do país. Em 1992 foi nomeado tesoureiro da Exponor – Parque de Exposições e Feiras do Porto.
No seu percurso pela Associação Industrial Portuense (AIP), a partir de 1992, liderou diversas Missões Empresariais à Europa do Leste e participou activamente no desenvolvimento de programas específicos para ajudar as pequenas e médias empresas a abordarem esses novos mercados. Em 1994 tornou-se responsável pela AIP Internacional em assuntos para a Ásia, tendo coordenado o escritório de representação da Associação em Macau e Taiwan, assim como coordenou projetos específicos na China. Liderou também diversas Missões Empresariais a Hong Kong, Tailândia, Filipinas e Coreia do Sul.
Pelas relações que mantém há vários anos com o país, em 2004 foi nomeado Cônsul Honorário da República da Polónia no Porto, tendo o consulado sede nas instalações da empresa que dirige.
Em 2015, foi membro fundador da ProDouro – Associação dos Viticultores Profissionais do Douro tendo cumprido vários mandatos na direção. Integrou também, em diversos mandatos, o Conselho Interprofissional do IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e Porto.
No início de Setembro a Caminhos Cruzados, vitivinícola com sede em Nelas, na celebração da sua 10ª vindima apresentou duas novidades, Vinhas da Teixuga Branco e Tinto.
O Vinhas da Teixuga Branco é feito com uvas de várias castas de vinha velha, um lote de vinhos das colheitas de 2016, 2017 e 2018 que após fermentação em inox estagiou em barricas usadas de carvalho francês entre 4 e 6 anos, sendo posteriormente feito o lote das 9 melhores barricas.
Com um tom dourado, este vinho apresenta aromas de alperce, avelã e suaves notas fumadas de grande complexidade. Na boca é fresco, elegante e cheio, com um meio de boca explosivo, a confirmar o que o aroma já tinha sugerido. Final longo.
O Vinhas da Teixuga Tinto 2019 é um 100% Jaen feito com uvas provenientes de uma vinha com 35 anos. Fermentação em inox. Seguidamente parte do lote seguiu o estágio em inox e outra parte em carvalho francês.
Cor pouco carregada, notas no aroma a fruta vermelha, notas compotadas e esciada. Na boca é fresco, elegante, com taninos finos e sedosos apoiados de uma maneira subtil pelos taninos da barrica que o tornam eminentemente gastronómico.
A enologia pertence a Carla Rodrigues, Carloto Magalhães e Manuel Vieira.
O enoturismo da Herdade do Esporão ampliou a oferta gastronómica do seu Wine Bar. Além de provas de vinho, azeite e cerveja artesanal, agora também se podem provar pratos preparados pelo chef Carlos Teixeira e sua equipa.
Tendo como base uma cozinha sustentável e de foco no produto, utilizando os mesmos ingredientes do restaurante da Herdade do Esporão (uma estrela Michelin), neste espaço descontraído são servidos pratos de conforto sazonais, frescos e simples.
Salada de beterraba
São os ingredientes frescos e mais vibrantes do dia, que determinam o menu. Quem o diz é António Roquette, gestor de operações do Esporão: “A sustentabilidade e a eficácia desta oferta estão em pratos como os Peixinhos da nossa horta, que tanto podem ser de feijão verde, como de curgete, pimento ou couve-flor; o Escabeche do campo, cujas possibilidades vão do pato, ao frango ou coelho, a Salada de beterraba acompanhada por ameixas, pêssegos ou dióspiros dependendo da época, ou os Croquetes e a Pá de Borrego assada lentamente no forno, que nos permitem a utilização de animais no seu todo. Ao Domingo e à Segunda-feira, dias em que o restaurante está encerrado, podem haver surpresas provenientes directamente do menu do restaurante”.
O Wine Bar está aberto todos os dias, entre as 12h30 e as 15h30 e os preços poderão variar entre 5 euros e 25 euros. Aconselha-se reserva prévia através do e-mail reservas@esporao.com ou do telefone (+351) 266 509 280.
Mil folhas de batata
Também o enoturismo está aberto todos os dias das 10h às 19h, o enoturismo continua com a sua oferta habitual de visitas à cave e adegas, provas de vinho, azeite e cerveja artesanal, passeios de bicicleta e trilhos.
O restaurante da Herdade do Esporão, distinguido em 2021 com uma Estrela Michelin e uma Estrela Verde, está aberto de Terça a Sábado, das 12h30 às 15h30. Os ingredientes utilizados nos menus provêm das hortas biológicas da Herdade do Esporão ou chegam através de produtores locais e nacionais.
Para celebrar o lançamento do novo Hendrick’s Gin Neptunia – uma criação que se diz única de extrato de algas marinhas e um distintivo toque de maresia – a marca juntou-se a Project Seagrass para salvar os prados marinhos. Da parceria nasceu a exposição “O Nascimento de Neptúnia“ pelas mãos de Gezo Marques e José Aparício Gonçalves, da Oficina Marques, uma peça de arte modular inspirada nos mistérios dos oceanos que será apresentada no próximo dia 22 de setembro, às 19h, na Oficina Marques.
Composta por 154 peças individuais de madeira recortada, gravada e pintada à mão, onde a sobreposição de elementos celebra a biodiversidade remetendo para as camadas efémeras do tempo e os ciclos das marés, a obra será leiloada em prol do Project Seagrass – que se dedica a proteger e florestar prados marinhos, contando já com 70 projetos de investigação científica, mais de 1 milhão de sementes de prados plantadas e o contributo de mais de 3000 voluntários por todo o mundo.
Sobre o Gin Hendrick’s refira-se que combina uma mistura de onze plantas, bem como as infusões de pepino e pétalas de rosa. Feito à mão na Escócia, em quantidades muito reduzidas, Hendrick’s é o único gin destilado em dois alambiques, Carter-Head e Copper Pot Still, uma combinação que produz um gin suave e equilibrado de sabores.
A “Master Distiller”, isto é quem faz o Hendrick’s é Ms. Lesley Gracie, uma química de formação. Em 1999, Ms. Gracie foi abordada pelo bisneto de William Grant, Charles Gordon, para criar um gin “ultrapremium”, que daria origem a Hendrick’s. Nas últimas duas décadas, Ms. Lesley Gracie fez muitas experiências, com botânicos, técnicas de destilaria e bebidas, que estão guardados num gabinete trancado no seu laboratório, a Cabine das curiosidades no Hendrick’s Gin Palace.
William Grant & Sons Holdings Ltd é uma destilaria familiar fundada por William Grant em 1887. Hoje, a empresa possui algumas famosas marcas de whisky escocês, como a Glenfiddich, The Balvenie, Grant’s e Monkey Shoulder. Possui ainda, para além do gin Hendrick’s o rum Sailor Jerry, o whisky irlandês Tullamore Dew e o licor Drambuie.