A Quinta da Boa Esperança é um projecto familiar de produção de vinho, que nasce da vontade de criar um espaço contemporâneo que seja o reflexo do seu modo de pensar e de viver, num ambiente histórico e rural. De consciência ambiental bastante marcada, com o compromisso de garantir o bem-estar das suas vinhas durante todo o ano, o respeito e a responsabilidade com a natureza e a sua feliz coexistência com o Homem, são alguns dos objectivos da marca.
A sustentabilidade, a qualidade e a exclusividade que envolvem todo o processo, desde a apanhada uva ao consumidor final, são os pilares deste projecto, criado em 2015, no concelho de Torres Vedras, região vitivinícola de Lisboa, uma das maiores regiões produtoras de vinho a nível nacional e das mais extensas áreas vinícolas do país.
A Quinta da Boa Esperança é um projecto familiar nascido em 2015 resultado da paixão pelo campo e pelos vinhos do casal Eva Moura Guedes e Artur Gama.
Está situada na localidade da Zibreira, freguesia da Carvoeira, concelho de Torres Vedras e, depois de ter mostrado à imprensa e bloguers, há cerca de dois meses, os vinhos da sua primeira colheita, a de 2015, vai brevemente lançar os de 2016.
Há alguns anos ligado ao comércio internacional de vinhos, o que o obrigava a viajar permanentemente, Artur Gama quis assentar arraiais e passar mais tempo com a família, nomeadamente depois do nascimento da filha. A oportunidade surgiu com a compra desta propriedade, há muito produtora de uvas que não eram vinificadas no local, mas sim entregues a uma cooperativa. Artur e Eva escolheram para a Quinta um nome auspicioso, o de Boa Esperança, que tal como o cabo de África onde os Oceanos Atlântico e Índico se juntam, primeiro foi muito trabalhoso, mas depois abriu as portas para um futuro que se adivinhava risonho.
Artur e Eva, com uma consciência ambiental bastante marcada procuram manter com a natureza um diálogo de respeito e responsabilidade que assegure o bem-estar das suas vinhas durante todo o ano. A ideia é irem subindo a pouco e pouco até
Abandonarem já este ano os herbicidas e, se tudo correr bem, chegarem à verdadeira agricultura biológica (não se recorre à aplicação de pesticidas nem adubos químicos de síntese, nem ao uso de organismos geneticamente modificados).
Neste momento a quinta dispõe de 8 hectares de vinha em produção, 9 hectares de vinha plantados e, a curto prazo, a possibilidade de plantação de mais 1,5 hectare. A localização da Quinta da Boa Esperança é numa encosta com direcção nascente/poente, uma das melhores exposições solares possíveis para a maturação das castas tintas. Os solos argilo-calcários e a localização, a cerca de 20km da costa atlântica, conferem às castas brancas uma salinidade, mineralidade e frescura bastante marcadas, como aliás é apanágio dos brancos da região Lisboa.
A enologia está a cargo da enóloga residente Paula Fernandes e do enólogo Rodrigo Martins.
A adega, embora ainda não esteja definitivamente recuperada já está convenientemente equipada, dizem os enólogos. Obras noutras construções, como a casa da quinta, que permitirá aos proprietários nela residir ainda estão em curso.
Na visita que fizemos em Novembro de entre os vinhos provados destacamos os seguintes, todos eles Regional Lisboa:
Quinta das Boa Esperança branco 2016, feito de Fernão Pires e Arinto, está muito composto e harmonioso quer de aroma quer na boca, com boa acidez. (13% de álcool, um total de 8 mil garrafas com PVP 7,25€)
Quinta da Boa Esperança Fernão Pires branco 2016, um bonito exemplar da casta. Boa fruta, sem exuberâncias, bom volume na boca. Pode envelhecer bem um par de anos. (13,5% de álcool, um total de 35 mil garrafas com PVP 11,20€)
Quinta da Boa Esperança Sauvignon Blanc branco 2016, um vinho com características da casta (espargos, relva cortada), boa acidez, muito afinado. (13% de álcool, total de 2700 garrafas com PVP 11,20€)
Quinta da Boa Esperança Arinto branco 2016, um vinho que está um pouco fechado, leve toque floral, acidez a pedir companhia de comida. (13,5% de álcool, um total de 3 mil garrafas com PVP 11,20€)
Quinta da Boa Esperança Reserva branco 2015, tem na composição uvas Fernão Pires e Arinto. Fermentou em barrica nova. Aroma fino e delicado, complexo. Na boca é fresco, estruturado, intenso, poderia ser menos marcado pela madeira, mas é um belíssimo vinho, com um final longo. (13,5% de álcool, um total de 3 mil garrafas com PVP 17€)
Quinta da Boa Esperança Colheita tinto 2015, feito de uvas Aragonez, Castelão e Syrah, frutado, fresco, taninos bem presentes. A pedir comida. (14% de álcool, um total de 10 mil garrafas com PVP 7,25€)
Quinta da Boa Esperança Syrah tinto 2015, vinho muito fresco, com notas de fruta preta e especiarias. Bons taninos e um final delicioso. Foi dos tintos em prova o que mais gostei, uma opinião pessoal que vale o que vale… (14% de álcool, um total de 2800 garrafas com PVP 14,90€)
Quinta da Boa Esperança – Touriga Nacional tinto 2015, cor granada carregada, com nuances cítricas e florais no aroma. Na boca mostra-se um vinho cheio, com bons taninos e um final longo. Liga bem com assados de forno de carnes vermelhas. (14% de álcool, um total de 3200 garrafas com PVP 14,90€)
Quinta da Boa Esperança Alicante Bouschet tinto 2015, este vinho é quase preto, como é natural, vindo de uma casta tintureira. Notas balsâmicas e um leve toque a azeitona no aroma. Na boca é volumoso, boa acidez e taninos bem presentes. (13,5% de álcool, um total 300 garrafas com PVP 14,90€)